Nosotres, biólogues, ecologistas y otres profesionales dedicados a proteger la vida, les escribimos con una solicitud urgente. Les pedimos muy comedidamente que su organización o institución emita un comunicado oficial condenando la crisis en curso y abordando los impactos ambientales y humanitarios en Palestina.

El campo interpretativo sobre la obra de Newton ha sido ampliamente discutido y, particularmente, el tema de las hipótesis no ha sido la excepción. El objetivo de este texto es mostrar que la filosofía natural de Newton pareciera, en principio, rechazar la hipótesis, pero en realidad no es opuesta a la formulación de estas, si diferenciamos a qué tipo de hipótesis se hace referencia. Así pues, se muestra, en primer lugar, cómo desarrolla Newton su filosofía natural, y cómo es contrapuesta (...) a las hipótesis. Luego se muestra que bajo condiciones determinadas las hipótesis son aceptadas. Y, por consiguiente, se concluye que la filosofía de Newton no rechaza radicalmente las hipótesis, sino que, por el contrario, se puede valer de su formulación para el progreso de la investigación científica, dependiendo a qué tipo de hipótesis se haga referencia. (shrink)

RENÉ DESCARTES: UMA BIOGRAFIA -/- RENÉ DESCARTES: A BIOGRAPHY -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva - CAP-UFPE, IFPE-BJ e UFRPE. E-mails: [email protected] e [email protected]. WhatsApp: (82)98143-8399. -/- -/- Nascido em 1596 em Haia, nas fronteiras de Touraine e Poitou, em uma família nobre, René Descartes vem ao mundo ao mesmo ano em que Johannes Kepler (1671-1630), em seu primeiro trabalho publicado (Mysterium cosmographicum), prova a superioridade da astronomia moderna (a de Nicolau Copérnico (1473-1543)) da astronomia antiga (a de Ptolomeu (90-168 (...) d.C.)). Ao mesmo tempo, Galileu Galilei (1564-1642), que detém a cadeira de matemática da Universidade de Pádua, funda o método experimental. As descobertas de Galileu tiveram forte impacto sobre o Colégio Real de La Fleche, realizado pelos jesuítas e onde Descartes recebeu, a partir de 1606, uma forte educação. Ele menciona, no Discurso do Método, seu “desejo extremo” em aprender, seguido, no final de seus estudos, de uma grande decepção: decepção com a filosofia ensinada, cujas controvérsias perpétuas revelam um caráter questionável, e que não pode fornecer um alicerce, em seu estado atual, para outras ciências. Também é proferido um desapontamento, mas esse desapontamento é inverso e diz respeito às matemática, capaz de fornecer esse fundamento que a filosofia não confere, mediante sua certeza e evidências, mas sobre o qual ainda não construímos nada. -/- -/- Numa Europa marcada pelo choque do tradicionalismo católico e do mercantilismo protestante, o lento declínio do poder espanhol e a luta dos Países Baixos pela sua independência, Descartes escolheu, primeiramente, após a graduação, a carreira militar. Engajado no exército do Príncipe Maurício de Nassau, ele é retirado da ociosidade da vida da guarnição pelo encontro, em 1618, de um jovem cientista holandês, Isaac Beeckman (1588-1637), que se tornou seu amigo íntimo por algum tempo. Conhecedor de todas as pesquisas científicas do momento e partidário da nova concepção “mecanicista” da natureza, Beeckman compartilhou com Descartes um entusiasmo que foi acompanhado, segundamente, da ambição de realizar a ciência universal por si mesma, mediante um método único: na noite de 10 de novembro de 1619, ele concebe em três “sonhos”, “os alicerces de uma ciência admirável”. -/- Nos anos seguintes a essa iluminação decisiva, Descartes viajou por toda a Europa, estimando, como Michel de Montaigne (1533-1592), que a demonstração de boas maneiras e costumes diferentes podem gerar muitos preconceitos. Toda sua vida, além disso, esteve vagando, isto é, foi marcada por múltiplas mudanças de residências, e a recusa de estabelecer um vínculo muito de perto com alguém. Foi na Holanda que ele, finalmente, buscará a tranquilidade que não encontrara na França ainda abalada pelas guerras religiosas, antes de ser assim pelas convulsões da Fronda. Todavia, mesmo na Holanda, ele não pôde evitar os ataques de calvinistas e polemicas teológicas que o repugnaram, como evidenciado em suas discussões com a Universidade de Utrecht entre 1643 à 1645 e a Universidade de Leiden em 1647. -/- -/- Além de sua amizade com Beeckman, outro encontro teve uma influência indubitavelmente decisiva sobre o destino de Descartes: o encontro com o cardeal de Bérulle. Fundador da congregação do Oratório (ao qual pertencem Nicolas Malebranche (1638-1715) e Jean-Baptiste Massillon (1663-1742)), o cardeal de Bérulle enxerga na nova física mecanicista, um meio de lutar contra o naturalismo resultante do Renascimento e seu paganismo latente: em uma longa entrevista com Descartes, no outono de 1647, ele fez dessa última uma obrigação de consciência para se dedicar, nesse sentido, à filosofia. -/- Em 1628, Descartes começa a escrever as Regras para a direção do espírito, um tratado inacabado e que não foi publicado durante a vida do autor. Em 1631, desenvolvera a geometria analítica que combina curvas geométricas com equações algébricas. Em 1633 escreveu O Tratado do Homem e preparava-se para publicar O Tratado do Mundo quando a notícia da condenação de Galileu Galilei pelo Santo Ofício (a Inquisição) o deixou receoso e decide, por prudência, não publicar o seu Tratado no qual a tese do movimento da Terra ao redor do Sol é apoiada. Alguns anos depois, foi divulgado em público cultivada de algumas de suas descobertas científicas: além da geometria, a dioptria (a teoria da refração da luz) e meteoros (teoria dos fenômenos atmosféricos luminosos). Esses três tratados aparecem no apêndice do Discurso do Método, e como “ensaios” desse método, em 1637. No século XIX, Victor Cousin (1792-1867) publicou pela primeira vez o Discurso sozinho, sem os ensaios. -/- Então vem a principal obra de Descartes no ramo da metafísica: as seis Meditações, aumentadas pelas objeções dos mais famosos filósofos da época (incluindo Thomas Hobbes (1588-1679), Antoine Arnauld (1612-1694) e Pierre Gassendi (1592-1655)), e as respostas a essas objeções, apareceram em 1641. Ansioso para expor sua filosofia para que pudesse ser ensinada, ele também a caracteriza em forma de manual com os Princípios da Filosofia de 1644. -/- Além dos trabalhos publicados, foi por meio das cartas trocadas com personalidades do mundo erudito que Descartes encontrou a oportunidade de esclarecer vários pontos de sua filosofia. Seus principais correspondentes foram o Prade Marin Mersenne (1588-1648), o Padre Denis Mesland (1615-1672), Pierre Chanut (1601-1662), Claude Clerselier (1614-1684), Christiaan Huygens (1629-1695) e Henry More (1614-1687). A partir de 1643, Descartes sustentou, com a Princesa Isabel da Boêmia (1596-1662), uma correspondência dedicada essencialmente a questões morais, que lhe permitiu a formulação de suas ideias nesse campo: esse esforço conduziu, em 1649, ao tratado das Paixões da alma. -/- Nesse mesmo ano, 1649, a Rainha Cristina da Suécia (1626-1689) o convida para ir a Estocolmo, que ele aceitou após muita hesitação. Recebido com todas as honras, mas forçado a um modo de vida bastantemente distinto daquele que era acostumado, e submetido a um clima do qual não se adequou, ele sucumbiu a pneumonia em fevereiro de 1650. -/- Descartes deixou-nos uma espécie de autobiografia intelectual na primeira parte do Discurso do Método: em seus anos de treinamento, seus entusiasmos e suas decepções. O discurso é, também, o primeiro livro para quem busca compreender o projeto filosófico cartesiano desde sua gênese até sua realização. Existem expostos, o método claro (na segunda parte), mas também a moral (terceira parte), a metafísica (quarta parte) e finalmente a física (quinta e sexta partes). (shrink)

HISTÓRIA DA SOCIOLOGIA: O DESENVOLVIMENTO DA SOCIOLOGIA I -/- A SOCIOLOGIA NOS ESTADOS UNIDOS -/- -/- HISTORY OF SOCIOLOGY: THE DEVELOPMENT OF SOCIOLOGY I -/- SOCIOLOGY IN UNITED STATES -/- -/- Emanuel Isaque Cordeiro da Silva – IFPE-BJ, CAP-UFPE e UFRPE. E-mails: [email protected] e [email protected] WhatsApp: (82)9.8143-8399. -/- -/- PREMISSA -/- A Sociologia nos Estados Unidos desenvolveu-se no contexto de dois grandes eventos que marcaram profundamente a história do país. -/- O primeiro foi a Guerra de Secessão (também conhecida como (...) Guerra Civil Americana), que ocorreu entre 1861 e 1865 e gerou ressentimentos e atritos entre a população do sul e a do norte dos Estados Unidos. -/- Em contrapartida, houve a urbanização das terras do oeste e das áreas centrais do país, o que contribuiu para o crescimento da economia e a expansão industrial. No norte, graças ao esforço de guerra, houve um grande crescimento, principalmente na metalurgia, no transporte ferroviário, na indústria de armamentos e na indústria naval. O comércio também se expandiu de maneira exponencial em todo o território estadunidense. -/- O padrão de cultura dos Estados Unidos passou a ser o ideal nortista de “trabalho duro, educação e liberdade econômica a todos”. Houve ainda um grande desenvolvimento de escolas e instituições de ensino superior. -/- O segundo grande evento que marcou a história estadunidense foi a chegada em massa de estrangeiros. Entre 1860 e 1900, os Estados Unidos passaram de país agrícola, com população em torno de 4 milhões, para país industrial, com uma das maiores economias do mundo e com 75 milhões de habitantes. -/- O incremento populacional e a industrialização redundaram em um processo de urbanização sem precedentes que continuou até a década de 1930. Para se ter uma ideia, em 1860 viviam em Chicago 102 260 pessoas; em 1900, a população da cidade passou a 1 698 575 e, em 1930, a 3 375 329. Em virtude desses fatores, consolidaram-se nos Estados Unidos uma burguesia industrial, comercial e financeira significativa, uma classe trabalhadora majoritariamente formada por imigrantes e uma classe média em ascensão. -/- As principais cidades passaram a ser um espaço de conflito e alvo de preocupações. Temas como imigração, aculturação, conflitos étnicos, comportamentos desviantes e políticas públicas foram importantes na Sociologia desenvolvida inicialmente no país. -/- Entre os principais fundadores da Sociologia nos Estados Unidos estão William Graham Sumner (1840 -1910), Lester Frank Ward (1841-1913), Albion Woodbury Small (1854-1926), Franklin Henry Giddings (1855-1931), Thorstein Bunde Veblen (1857-1929), William Isaac Thomas (1863-1947), Robert Ezra Park (1864-1944), Charles Horton Cooley (1864-1929) e George Herbert Mead (1863-1931). -/- A herança cultural desses fundadores é muito diversa: foram influenciados principalmente pela tradição religiosa protestante disseminada em quase todo o território, pelo liberalismo econômico clássico conservador, do tipo laissez-faire, pelo evolucionismo do inglês Charles Darwin (1809-1882) e pelo darwinismo social de Herbert Spencer (1820-1903). Acrescente-se a esse cadinho de concepções de mundo e ciência o pragmatismo do filósofo e psicólogo William James (1842-1910) e do filósofo Charles Pierce (1839-1914). -/- Essa herança permite compreender as duas grandes características da Sociologia nos Estados Unidos: -/- • multiplicidade de temas, problemas e propostas e diversidade teórica e metodológica; -/- • desenvolvimento desse campo do conhecimento em universidades, nas quais as atividades eram financiadas pelo Estado e pelo setor privado (Fundação Rockefeller, comitês e associações normalmente religiosas). -/- Por causa dessa segunda característica, optei por analisar o desenvolvimento da Sociologia nos Estados Unidos em três importantes universidades estadunidenses: a de Chicago, Harvard e Columbia. -/- 1. A Universidade de Chicago -/- A Universidade de Chicago foi fundada em 1890 pelo magnata do petróleo John D. Rockefeller e recebeu os primeiros alunos em 1892. Nela foi criado o primeiro departamento de Sociologia dos Estados Unidos, sob a direção de Albion Woodbury Small. -/- No início de seus trabalhos sociológicos, a Universidade de Chicago deu primazia à pesquisa empírica, procurando conhecer, por meio da observação direta, a dinâmica das relações sociais. Desenvolveu uma forte tendência pragmática e microssociológica, que viria a ser conhecida como a Escola de Chicago. A maior preocupação dos integrantes dessa Escola foi com os problemas das grandes cidades dos Estados Unidos, como a marginalidade social, o alcoolismo, as drogas, a segregação racial e a delinquência, estabelecendo uma relação entre a pesquisa sociológica e a intervenção dos organismos públicos na sociedade. -/- Os sociólogos de Chicago também se dedicaram ao que chamaram de ecologia humana, em oposição à ecologia animal e vegetal. -/- Em 1895, Albion Woodbury Small fundou o American Journal of Sociology e, em 1907, participou ativamente da fundação da Sociedade Americana de Sociologia. Ele publicou, com Georges Vincent, em 1894, talvez o primeiro manual de Sociologia para estudantes, intitulado Introdução ao estudo da sociedade. Tendo estudado na Alemanha, Small foi o principal divulgador do pensamento de Georg Simmel nos Estados Unidos. -/- Entre os integrantes da Escola de Chicago mais conhecidos no Brasil, podemos citar William I. Thomas (1863-1947) e Florian Znaniecki (1882-1958), cuja principal obra foi O camponês polonês na Europa e na América, editada em 1918. -/- Destacam-se ainda Robert E. Park (1864-1944) e Ernest W. Burgess (1886-1966), que escreveram, entre outras obras, Introdução à ciência da Sociologia, em 1921. -/- Os dois, com Roderick Mackenzie, escreveram o clássico A cidade, em 1925. Outro membro de destaque foi Louis Wirth (1897-1952), autor de O gueto, escrito em 1928, e de um artigo que se tornou famoso, “Urbanismo como modo de vida”, publicado em 1938, no American Journal of Sociology. -/- A Escola de Chicago congregou, ainda, sociólogos e antropólogos com ligação com a Psicologia Social, que desenvolveram uma abordagem sociológica das relações sociais conhecida como interacionismo simbólico. A principal figura dessa vertente foi George Herbert Mead (1863-1932), que trabalhou em diversas áreas, sobretudo como psicólogo social e como professor de várias gerações de antropólogos e sociólogos. Seus escritos foram sistematizados por seus alunos e publicados com o nome Mind, self and society (A mente, o eu e a sociedade), em 1934. -/- Além da tradição intelectual dos Estados Unidos, os integrantes da Escola de Chicago receberam a influência de Jean-Gabriel de Tarde, Émile Durkheim e Georg Simmel. Seus continuadores foram Herbert Blumer (1900-1987) e Everett C. Hughes (1897-1983). -/- 1.1 Erving Goffman (1922-1982) -/- O representante da Sociologia desenvolvida na Universidade de Chicago mais influente no Brasil é Erving Goffman, que nasceu em Manville, Alberta, no Canadá, em 1922, e faleceu nos Estados Unidos em 1982. Obteve o grau de bacharel pela Universidade de Toronto, em 1945, e concluiu mestrado (1949) e doutorado (1953) na Universidade de Chicago, onde estudou Sociologia e Antropologia Social. Em 1958, tornou-se professor da Universidade da Califórnia e, em 1968, ingressou na Universidade da Pensilvânia, onde foi professor de Antropologia e Sociologia. -/- Entre 1981 e 1982, Goffman foi presidente da Sociedade Americana de Sociologia e realizou pesquisas na linha da Sociologia interpretativa e cultural, iniciada por Max Weber, desenvolvendo a ideia de que o mundo é um teatro e cada um, individualmente ou em grupo, interpreta papéis de acordo com as circunstâncias em que se encontra. Essas circunstâncias são marcadas por rituais e posições distintivas em relação a outros indivíduos ou grupos. Para ele, é possível distinguir indivíduos, grupos e classes com base, por exemplo, em aspectos como as formas de vestir ou de se apresentar publicamente. -/- O sociólogo considera a interação social como um processo fundamental de identificação e de diferenciação dos indivíduos e grupos, analisando-a no cotidiano, especialmente em lugares públicos. Goffman estudou com especial atenção o que chamou de “instituições totais”, lugares onde o indivíduo é isolado da sociedade, como prisões e manicômios. -/- De acordo com o sociólogo brasileiro Édison Gastaldo: -/- O trabalho de Goffman trouxe à luz aspectos da vida cotidiana que não se julgavam “sociologicamente relevantes”. Seus insights sobre as interações ordinárias, sobre o deslocamento dos pedestres, sobre a ocupação social dos espaços públicos, sobre a atuação dos vigaristas, mendigos, loucos, espiões, jogadores e de todos aqueles que passam cotidianamente debaixo de nossos narizes sem que prestemos atenção modificaram o pensar sociológico no mundo. Sua descrição etnográfica de um hospital para doentes mentais colaborou decisivamente para deflagrar a luta antimanicomial no mundo inteiro. Vinte e dois anos depois de sua morte, os temas e os conceitos desenvolvidos por Goffman ainda estão em pleno uso e vitalidade (GASTALDO, 2004, p. 9/10). -/- Suas três obras mais conhecidas são: A representação do eu na vida cotidiana (1959), Manicômios, prisões e conventos (1961) e Estigma: notas sobre a manipulação da identidade (1963). -/- 2. A Universidade Harvard -/- A história de Harvard começa em 1636, quando foi fundada, na cidade de Cambridge, no estado de Massachusetts, uma instituição de ensino denominada New College. Em 1639, essa instituição recebeu o nome de Harvard College, em homenagem a John Harvard, seu principal mecenas. -/- A Sociologia desenvolvida na Universidade Harvard é marcada por uma preocupação teórica e tem dois sociólogos como expoentes: Pitirim Alexandrovich Sorokin (1889-1968) e Talcott Edgar Frederick Parsons (1902-1979). Este último influenciou muito o desenvolvimento da Sociologia no mundo e no Brasil. -/- 2.1 Talcott Parsons (1902-1979) -/- Talcott Parsons nasceu no Colorado, nos Estados Unidos. Em 1924, graduou-se em Biologia e Filosofia na Faculdade Amherst. Em 1925, pós-graduou-se em Ciências Sociais na Escola de Economia de Londres, na Inglaterra, e, em seguida, doutorou-se na Universidade de Heidelberg, na Alemanha. -/- Nos Estados Unidos, lecionou Economia e Sociologia na Universidade Harvard durante 45 anos (1927-1973). Em 1944, tornou-se presidente do Departamento de Sociologia, transformando-o, dois anos depois, no Departamento de Relações Sociais, a fim de unir a Sociologia a outras ciências sociais. -/- Assim como Sorokin, Parsons voltou-se para a Sociologia europeia, tendo por base as ideias de Max Weber, Vilfredo Pareto (1848-1923) e Émile Durkheim, além das do economista inglês Alfred Marshall (1842-1924). Fundamentado nesses autores, desenvolveu uma grande obra teórica, que dominaria a Sociologia estadunidense desde então. -/- Parsons é o sociólogo estadunidense mais conhecido no mundo. Em geral, seus críticos entenderam-no como um pensador conservador, preocupado basicamente com o bom ordenamento da sociedade. Seu interesse era determinar a função que os indivíduos desempenhavam na estrutura social. Entendia o indivíduo como expressão dessa estrutura, a qual devia ser mantida e preservada. Caso isso não ocorresse, deviam entrar em ação os mecanismos de controle social (moral, ética, sistema jurídico e penal etc.), como instrumentos preventivos ou corretivos. -/- Seu trabalho exerceu influência em diversos países e ambientes acadêmicos (particularmente nas décadas de 1950 a 1970), até mesmo na então União Soviética, onde, em 1964, ministrou aulas sobre a Sociologia estadunidense a convite da Academia de Ciências da União Soviética (URSS). -/- Suas principais obras foram: A estrutura da ação social (1937), O sistema social (1951), Economia e sociedade (1956, com N. Smelser), Estrutura e processo nas sociedades modernas (1960), Sociedades: perspectivas evolucionárias e comparativas (1966), Teoria sociológica e sociedade moderna (1968), Política e estrutura social (1969), Sistemas sociais e a evolução da teoria da ação (1977) e Teoria da ação e a condição humana (1978). -/- 3. A Universidade Columbia -/- A King’s College foi fundada em 1754, em Nova York, nos Estados Unidos. Quando as colônias inglesas se declararam independentes da Grã-Bretanha, a instituição passou a se chamar Universidade Columbia. A partir da última década do século XIX, essa universidade se destacaria por uma importante produção no campo da Sociologia, tendo como pioneiro Franklin Giddings (1855-1931), fundador da cadeira de Sociologia. Fortemente marcado pelo evolucionismo e pelo pragmatismo, foi um dos primeiros a usar métodos quantitativos e experi-mentais no estudo dos fenômenos sociais. -/- Dois sociólogos de Columbia merecem destaque, por serem muito conhecidos no Brasil: Robert K. Merton e Charles Wright Mills. -/- 3.1 Robert King Merton (1910-2003) -/- Merton nasceu na Filadélfia e faleceu em Nova York. Graduou-se em Sociologia na Universidade Temple e pós-graduou-se na Universidade Harvard, onde trabalhou com Pitirim Sorokin e Talcott Parsons até a defesa de seu doutorado, em 1936. -/- Em 1941 Merton transferiu-se para a Universidade Columbia, onde permaneceu durante 38 anos, até aposentar-se. Nessa universidade procurou integrar teoria à prática sociológica. Estudou o comportamento desviante e os processos de adaptação social, tendo por base pesquisas qualitativas e quantitativas do exercício profissional em ambiente de solidariedade e de conflito. Com Paul Lazarsfeld (1901-1976), desenvolveu o Departamento de Pesquisa Social Aplicada. -/- O nome de Merton está vinculado à proposta de criação de teorias de alcance médio, segundo a qual os sociólogos seriam mais úteis à sociedade se deixassem de lado as grandes teorias (criticando Parsons) e criassem outras de médio alcance. Essas teorias estariam situadas entre as hipóteses de trabalho rotineiras na pesquisa e as amplas especulações. Mediariam, dessa forma, as abstrações, generalizações e fundamentos empíricos da pesquisa. -/- Merton tinha uma visão humanista da função social da ciência, demonstrando influência clara de Max Weber. Concebia a ciência como um conjunto de conhecimentos compartilhados por todos os membros da sociedade, que deveriam julgar a credibilidade das postulações científicas de acordo com suas expectativas e valores morais. Mas as decisões acerca do fazer científico não caberiam à sociedade, e sim ao próprio cientista, sempre adequando seus valores aos da sociedade. -/- 3.2 Charles Wright Mills (1916-1962) -/- Charles Wright Mills (1916-1962) nasceu em Waco, no Texas, Estados Unidos. Mestre em Artes, Filosofia e Sociologia pela Universidade do Texas, concluiu, em 1942, seu doutorado em Sociologia e Antropologia pela Universidade de Wisconsin. Foi professor de Sociologia nas universidades de Maryland e Columbia, onde passou a lecionar em 1947 e permaneceu até a morte, em 1962. -/- Charles Mills representa uma tendência quase marginal na Sociologia dos Estados Unidos, por apresentar uma visão crítica e militante da sociedade estadunidense e da própria Sociologia. -/- Influenciado por Karl Marx e Max Weber, Mills procurou conciliar o conceito de classe social com o de status, visando esclarecer processos e mecanismos dos conflitos e das mudanças sociais. Por meio de pesquisas, tentou elucidar a complexidade de estruturas de poder, particularmente das elites (em lugar de classes dominantes), e de seu papel na mudança social, fugindo da ideia de revolução como única via para a transformação social. -/- Charles Wright Mills é conhecido principalmente por seu livro A imaginação sociológica, publicado originalmente nos Estados Unidos em 1959. Nele, o autor propõe que os sociólogos, ao exercer a profissão, não deixem a imaginação e a criatividade de lado em favor de uma pretensa objetividade e neutralidade do trabalho científico. Para Mills, os grandes intelectuais da história nunca abriram mão da reflexão e da criatividade e mantiveram uma postura crítica diante da realidade. -/- Atribuindo aos sociólogos a responsabilidade de agentes ativos na sociedade, cabendo-lhes tomar parte nos debates públicos de sua época, Mills defendia a ideia de que a Sociologia deveria ser compreensível para o grande público. Para ele, a ciência social era inseparável da vida pessoal do cientista: a intuição, a imaginação e o comprometimento com o tempo em que se vivia eram fundamentais para compreender cientificamente a sociedade. Suas obras foram publicadas em vários idiomas. Além da citada anteriormente, as mais importantes são: A nova classe média (1951), A elite do poder (1956), Sobre o artesanato intelectual (1959) e Os marxistas (1962). -/- Mills escreveu também artigos em revistas e dois livros que tiveram grande exposição na mídia dos Estados Unidos, por seu caráter polêmico: As causas da Terceira Guerra Mundial (1958), no qual discute a corrida nuclear, e A Revolução em Cuba (1960), em que analisa a fase inicial da Revolução Cubana. -/- Outros sociólogos que defendem uma postura crítica na Sociologia estadunidense, continuadores ou não de Charles Wright Mills, são Irving Louis Horowitz (1929-2012), Martin Nicolaus (1928-) e Alvin Gouldner (1920-1980). -/- REFERENCIAL TEÓRICO -/- BOTTOMORE, T.; et al. Dicionário do pensamento social do século XX. Trad. Eduardo Francisco Alves. Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1996. -/- COULON, A. A Escola de Chicago. Trad. Tomás R. Bueno. 1ª ed. Campinas: Papirus, 1995. -/- CUIN, C. H.; GRESLE, F. História da Sociologia. Trad. Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Ensaio, 1994. -/- DOMINGUES, J. M. A sociologia de Talcott Parsons. 1ª ed. São Paulo: Annablume, 2008. -/- GASTALDO, É. (org.); et al. Erving Goffman, desbravador do cotidiano. 1ª ed. Porto Alegre: Tomo Editorial, 2004. -/- NOVA, S. V. Introdução à Sociologia. 6ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. -/- SILVA, A. et al. Sociologia em movimento. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2016. -/- VALLADARES, L. do P. A Escola de Chicago: impacto de uma tradição no Brasil e na França. 1ª ed. Belo Horizonte: UFMG, 2005. -/- VÁRIOS, autores. O livro da sociologia. As grandes ideias de todos os tempos. Trad. Rafael Longo. 1ª ed. São Paulo: Globo, 2015. -/- SBS - Sociedade Brasileira de Sociologia PUCRS - PPG em Ciências Sociais Avenida Ipiranga, 6681 - Partenon CEP: 90619-900 - Porto Alegre, RS [email protected] Emanuel Isaque Cordeiro da Silva ©2019 -/- Estimule a criatividade. Respeite os direitos autorais. (shrink)

INTRODUÇÃO Para compreender como a Sociologia nasceu e se desenvolveu, é essencial analisar as transformações que ocorreram a partir do século XIV, na Europa ocidental, marcando a passagem da sociedade feudal para a sociedade capitalista, ou a passagem da sociedade medieval para a sociedade moderna. Para isso, é necessário realizar uma pequena viagem histórica, já que, para entender as ideias de um autor e de determinada época, é fundamental contextualizá-las historicamente. Em cada sociedade, em todos os tempos, os seres humanos (...) elaboraram explicações religiosas, míticas, culturais, étnicas etc. para as situações em que vivem. No século XIX, a busca por outro tipo de explicação para os fenômenos da sociedade – a explicação científica – deu origem à Sociologia. Para demonstrar como o pensamento social organizou-se historicamente e como a Sociologia estruturou o saber sobre a sociedade humana, este trabalho terá como objetivo estudar alguns autores que se sobressaíram no processo de desenvolvimento dessa ciência. PREMISSA A Sociologia surgiu como um corpo de ideias a respeito do processo de constituição, consolidação e desenvolvimento da sociedade moderna. É fruto da Revolução Industrial e, nesse sentido, é denominada “ciência da crise”, porque, com base nela, procurou-se dar respostas às questões sociais desencadeadas pelo processo revolucionário que, num primeiro momento, alterou a sociedade europeia e, depois, a maior parte do mundo. Como todas as ciências, a Sociologia não despontou de repente ou da reflexão de algum autor iluminado. Constituiu-se com base em conhecimentos sobre a natureza e a sociedade que se desenvolveram a partir do século XIV, acompanhando as mudanças que marcaram a transformação da sociedade feudal e a constituição da sociedade capitalista. Entre essas mudanças, a expansão marítima europeia e a ampliação do comércio ultramarino, a Reforma protestante e o desenvolvimento científico e tecnológico podem destacados. São o pano de fundo do movimento intelectual que alterou profundamente as formas de explicar a natureza e a sociedade. Essas mudanças estão todas vinculadas e não podem ser entendidas como eventos isolados. 1 A EXPANSÃO MARÍTIMA Com a circum-navegação da África e o descobrimento da rota para as Índias e para a América, a concepção de mundo dos europeus foi consideravelmente ampliada. A definição de um mundo territorialmente bem mais vasto, com outros povos, outras culturas e outros modos de explicar as coisas, requereu a reformulação da maneira de ver e de pensar dos europeus. Assim, ao mesmo tempo que conheciam novos povos e novas culturas, os europeus instalavam colônias na África, na Ásia e na América. Em razão disso, expandiu-se o comércio de mercadorias (sedas, especiarias e produtos tropicais, como açúcar, milho, tabaco e café) entre as metrópoles e as colônias, bem como entre os países europeus. Surgiu a possibilidade de um mercado muito mais amplo e com características mundiais. Este seria o primeiro grande movimento de globalização. A exploração de metais preciosos, principalmente na América, e o tráfico de escravos para suprir a mão de obra nas colônias deram grande impulso ao comércio, que não mais ficou restrito aos mercadores das cidades-repúblicas (Veneza, Florença ou Flandres), passando também para as mãos de grandes comerciantes e de soberanos dos Estados nacionais em formação na Europa. Toda essa expansão territorial e comercial acelerou o desenvolvimento da economia monetária, com a acumulação de capitais pela burguesia comercial, que, mais tarde, teve importância decisiva na gestação do processo de industrialização da Europa. 2 A REFORMA PROTESTANTE No século XVI, assistiu-se também ao movimento que ficaria conhecido como Reforma protestante. Os reformistas questionavam as condutas do clero, a estrutura da Igreja católica e a autoridade do Papa. Os líderes do movimento promoviam a valorização do indivíduo ao pregar a livre leitura das Escrituras Sagradas e dispensar a intermediação dos ministros da Igreja nas práticas religiosas e nos assuntos relativos à fé. A Reforma contribuiu, assim, para alimentar um movimento de resistência à autoridade e à tradição que desembocaria na Ilustração. Entre seus principais líderes figuram Martinho Lutero (1483-1546) e João Calvino (1509-1564). 3 O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO A nova maneira de se relacionar com as coisas sagradas foi acompanhada de uma nova forma de analisar o universo e a vida em sociedade. A razão passou a ser considerada essencial para conhecer o mundo; com base nela, as pessoas se consideraram livres para julgar, avaliar, pensar e emitir opiniões sem se submeter a nenhuma autoridade transcendente ou divina. A análise do universo e da vida em sociedade com base no conhecimento racional, fundado na observação e na experimentação, difundiu-se de maneira lenta, entre os séculos XV e XVII. Os pensadores que adotaram essa forma de análise enfrentaram o dogmatismo e a autoridade da Igreja. Por meio do Concílio de Trento (1545-1563) e dos processos da Inquisição, por exemplo, os membros do clero procuraram impedir toda e qualquer manifestação que pudesse pôr em dúvida a autoridade eclesiástica, fosse no campo da fé, fosse no das explicações que se propunham para a sociedade e a natureza. Os principais representantes do pensamento racional nos séculos XV a XVII foram Nicolau Maquiavel (1469-1527), Erasmo de Roterdã (1466-1536), Nicolau Copérnico (1473- 1543), Galileu Galilei (1564 -1642), Thomas Hobbes (1588 -1679), Francis Bacon (1561- 1626), René Descartes (1596 -1650) e Baruch Spinoza (1632 -1677). Os conhecimentos desses precursores alimentaram outros pensadores, como John Locke (1632-1704), Gottfried Leibniz (1646-1716) e Isaac Newton (1643-1727), que propuseram novos princípios para a compreensão da sociedade e da natureza. Vale salientar, por fim, que os pensadores europeus dos séculos XV a XVII buscaram compreender os fenômenos da natureza e da sociedade por meio da observação e da experimentação. 4 AS TRANSFORMAÇÕES NO SÉCULO XVIII No final do século XVIII, na maioria dos países europeus, a burguesia comercial, formada basicamente por comerciantes e banqueiros, constituía uma classe poderosa, em razão, na maior parte das vezes, das ligações econômicas que mantinha com as monarquias. Além de sustentar o comércio entre os países europeus, a burguesia europeia lançava seus tentáculos a vários pontos do mundo, até onde pudesse chegar, comprando e vendendo mercadorias. O capital mercantil estendia-se também a outro ramo de atividade: gradativamente se organizava a produção manufatureira. A compra de matérias-primas e a organização da produção, por meio do trabalho domiciliar ou do trabalho em oficinas, levavam ao desenvolvimento de um novo processo produtivo em contraposição ao das corporações de ofício. Os organizadores das manufaturas passaram a se interessar cada vez mais pelo aperfeiçoamento das técnicas de produção, a fim de produzir mais com menos gente e aumentar significativamente seus lucros. Para tanto, procuraram financiar a invenção de máquinas que pudessem ser utilizadas no processo produtivo. Com a invenção das máquinas de tecer e de descaroçar algodão, e a aplicação industrial da máquina a vapor e de outros tantos inventos destinados a aumentar a produtividade do trabalho, desenvolveu-se o fenômeno que veio a ser chamado de maquinofatura. O trabalho que as pessoas faziam com as mãos ou com ferramentas passava, a partir de então, a ser realizado por máquinas, elevando muito o volume da produção de mercadorias. A utilização da máquina a vapor, que podia mover outras tantas, impulsionou a indústria construtora de máquinas e, consequentemente, a indústria voltada para a produção de ferro e, posteriormente, de aço. Nesse contexto de profundas alterações no processo produtivo, no qual a utilização do trabalho mecânico era cada vez mais frequente, o trabalho artesanal continuou a existir. A maquinofatura se completou com o trabalho assalariado, no qual eram utilizadas, numa escala crescente, a mão de obra feminina e a infantil. Longe da Europa, explorava-se ouro no Brasil, prata no México e algodão nos Estados Unidos da América e na Índia. A maioria dessas atividades era realizada com a utilização do trabalho escravo ou servil. Esses elementos, conjugados, asseguraram as bases do processo de acumulação necessária para a expansão da indústria na Europa. Essas mudanças, somadas à herança cultural e intelectual do século XVII, definiram o século XVIII como explosivo. Se no século anterior a Revolução Inglesa determinou novas formas de organização política, no século XVIII a Revolução Americana e a Francesa alteraram o quadro político ocidental e serviram de exemplo e parâmetro para as revoluções políticas posteriores. As transformações na esfera da produção, a emergência de novas formas de organização política e a exigência da representação popular conferiram características muito específicas a esse século, em que pensadores como Charles de Montesquieu (1689 -1755), Voltaire (1694 - 1778), Denis Diderot (1713 -1784), Jean le Rond d’Alembert (1717 -1783), David Hume (1711 -1776), Jean-Jacques Rousseau (1712 -1778), Adam Smith (1723 -1790) e Immanuel Kant (1724 -1804) procuraram, por caminhos às vezes divergentes, refletir sobre a realidade, na tentativa de explicá-la. (shrink)

This paper discusses the logical space of alternative conceptual engineering projects, with a specific focus on (1) the processes, (2) the targets and goals, and (3) the methods of such projects. We present an overview of how these three aspects interact in the contemporary literature and discuss those alternative projects that have yet to be explored based on our suggested typology. We show how choices about each element in a conceptual engineering project constrain the possibilities for the others, thereby giving (...) rise to distinct groupings of possible projects under the banner of conceptual engineering. We conclude with a critical reflection on the potential ethical issues that arise as a result of effectively putting conceptual engineering into practice. (shrink)

Conceptual engineering is the method for assessing and improving our concepts. However, little has been written about how best to conceive of concepts for the purposes of conceptual engineering. In this paper, I aim to fill this foundational gap, proceeding in three main steps: First, I propose a methodological framework for evaluating the conduciveness of a given concept of concept for conceptual engineering. Then, I develop a typology that contrasts two competing concepts of concept that can be used in conceptual (...) engineering — namely, the philosophical and psychological ones. Finally, I evaluate these two concepts of concept using the proposed methodological framework and I show that, when it comes to making conceptual engineering an actionable method, the psychological concept of concept outclasses its philosophical counterpart on all counts. This provides a baseline from which the concept of concept can be further improved for the purposes of conceptual engineering. (shrink)

Conceptual engineering means to provide a method to assess and improve our concepts working as cognitive devices. But conceptual engineering still lacks an account of what concepts are (as cognitive devices) and of what engineering is (in the case of cognition). And without such prior understanding of its subject matter, or so it is claimed here, conceptual engineering is bound to remain useless, merely operating as a piecemeal approach, with no overall grip on its target domain. The purpose of this (...) programmatic paper is to overcome this knowledge gap by providing some guidelines for developing the theories of concepts and of cognition that will ground the systematic unified framework needed to effectively implement conceptual engineering as a widely applicable method for the cognitive optimization of our conceptual devices. (shrink)

We present a novel model of individual people, online posts, and media platforms to explain the online spread of epistemically toxic content such as fake news and suggest possible responses. We argue that a combination of technical features, such as the algorithmically curated feed structure, and social features, such as the absence of stable social-epistemic norms of posting and sharing in social media, is largely responsible for the unchecked spread of epistemically toxic content online. Sharing constitutes a distinctive communicative act, (...) governed by a dedicated norm and motivated to a large extent by social identity maintenance. But confusion about this norm and its lack of inherent epistemic checks lead readers to misunderstand posts, attribute excess or insufficient credibility to posts, and allow posters to evade epistemic accountability—all contributing to the spread of epistemically toxic content online. This spread can be effectively addressed if people and platforms add significantly more context to shared posts and platforms nudge people to develop and follow recognized epistemic norms of posting and sharing. (shrink)

Conceptual engineering is the method for assessing and improving our representational devices. On its ‘broad-spectrum’ version, it is expected to be appropriately applicable to any of our representation-involving cognitive activities, with major consequences for our whole cognitive life. This paper is about the theoretical foundations of conceptual engineering thus characterised. With a view to ensuring the actionability of conceptual engineering as a broad-spectrum method, it addresses the issue of how best to construe the subject matter of conceptual engineering and successively (...) defends the theses that conceptual engineering should be: (i) About concepts, (ii) psychologically theorised, (iii) as multiply realised functional kinds. Thereby, I claim to theoretically secure and justify the maximum scope, flexibility, and impact for the method of conceptual engineering on our representational devices in our whole cognitive life—in other words, a broad-spectrum version of conceptual engineering. (shrink)

Sometimes you are unreliable at fulfilling your doxastic plans: for example, if you plan to be fully confident in all truths, probably you will end up being fully confident in some falsehoods by mistake. In some cases, there is information that plays the classical role of evidence—your beliefs are perfectly discriminating with respect to some possible facts about the world—and there is a standard expected‐accuracy‐based justification for planning to conditionalize on this evidence. This planning‐oriented justification extends to some cases where (...) you do not have transparent evidence, in the sense that your beliefs are not perfectly discriminating with respect to any non‐trivial facts. In other cases, accuracy considerations do not tell you to plan to conditionalize on any information at all, but rather to plan to follow a different updating rule. Even in the absence of evidence, accuracy considerations can guide your doxastic plan. (shrink)

Suppose that, for reasons of animal welfare, it would be better if everyone stopped eating chicken. Does it follow that you should stop eating chicken? Proponents of the “inefficacy objection” argue that, due to the scale and complexity of markets, the expected effects of your chicken purchases are negligible. So the expected effects of eating chicken do not make it wrong. -/- We argue that this objection does not succeed, in two steps. First, empirical data about chicken production tells us (...) that the expected effects of consuming *many* chickens are not negligible. Second, this implies that the expected effect of consuming one chicken is ordinarily not negligible. *Parity* between your purchase and other counterfactual purchases and *uncertainty* about others’ consumption behavior each tend to pull the expected effect of a single purchase toward the average large scale effect. While some purchases do have negligible expected effects, many do not. (shrink)

Conceptual engineering is the method for assessing and improving our concepts. Some have recently claimed that the implementation of such method in the form of ameliorative projects is truth-driven and should thus be epistemically constrained, ultimately at least (Simion 2018; cf. Podosky 2018). This paper challenges that claim on the assumption of a social constructionist analysis of ideologies, and provides an alternative, pragmatic and cognitive framework for determining the legitimacy of ameliorative conceptual projects overall. The upshot is that one should (...) not ameliorate for the sake of truth or knowledge, in the case of ideologies—at least, not primarily. (shrink)

Is the fact that our universe contains fine-tuned life evidence that we live in a multiverse? Ian Hacking and Roger White influentially argue that it is not. We approach this question through a systematic framework for self-locating epistemology. As it turns out, leading approaches to self-locating evidence agree that the fact that our own universe contains fine-tuned life indeed confirms the existence of a multiverse. This convergence is no accident: we present two theorems showing that, in this setting, any updating (...) rule that satisfies a few reasonable conditions will have the same feature. The conclusion that fine-tuned life provides evidence for a multiverse is hard to escape. (shrink)

I show that centered propositions—also called de se propositions, and usually modeled as sets of centered worlds—pose a serious problem for various versions of Lewis's Principal Principle. The problem, put roughly, is that in scenarios like Elga's `Sleeping Beauty' case, those principles imply that rational agents ought to have obviously irrational credences. To solve the problem, I propose a centered version of the Principal Principle. My version allows centered propositions to be objectively chancy.

I propose an account of probability in the Everett interpretation of quantum mechanics. According to the account, probabilities are objective chances of centered propositions. As I show, the account solves a number of problems concerning the role of probability in the Everett interpretation. It also challenges an implicit assumption, concerning the aim and scope of fundamental physical theories, that is made throughout the philosophy of physics literature.

I formulate a theory of groups based on pluralities and counterparts: roughly put, a group is a plurality of entities at a time. This theory comes with counterpart-theoretic semantics for modal and temporal sentences about groups. So this theory of groups is akin to the stage theory of material objects: both take the items they analyze to exist at a single time, and both use counterparts to satisfy certain conditions relating to the modal properties, temporal properties, and coincidence properties of (...) those items. (shrink)

According to the Best System Account of lawhood, laws of nature are theorems of the deductive systems that best balance simplicity and strength. In this paper, I advocate a different account of lawhood which is related, in spirit, to the BSA: according to my account, laws are theorems of deductive systems that best balance simplicity, strength, and also calculational tractability. I discuss two problems that the BSA faces, and I show that my account solves them. I also use my account (...) to illuminate the nomological character of special science laws. (shrink)

My aim in this paper is to give a philosophical analysis of the relationship between contingently available technology and the knowledge that it makes possible. My concern is with what specific subjects can know in practice, given their particular conditions, especially available technology, rather than what can be known “in principle” by a hypothetical entity like Laplace’s Demon. The argument has two parts. In the first, I’ll construct a novel account of epistemic possibility that incorporates two pragmatic conditions: responsibility and (...) practicability. For example, whether subjects can gain knowledge depends in some circumstances on whether they have the capability of gathering relevant evidence. In turn, the possibility of undertaking such investigative activities depends in part on factors like ethical constraints, economical realities, and available technology. In the second part of the paper, I’ll introduce “technological possibility” to analyze the set of actions made possible by available technology. To help motivate the problem and later test my proposal, I’ll focus on a specific historical case, one of the earliest uses of digital electronic computers in a scientific investigation. I conclude that the epistemic possibility of gaining access to scientific knowledge about certain subjects depends (in some cases) on the technological possibility for making responsible investigations. (shrink)

Thomas Hurka’s recursive account of value appeals to certain intuitions to expand the class of intrinsic values, placing concepts of virtue and desert within the realm of second and third order intrinsic goods, respectively. This is a formalization of a tradition of thought extending back to Aristotle and Kant via the British moralists, G. E. Moore, and W. D. Ross. However, the evidential status of such intuitions vis a vis the real, intrinsic value of virtue and desert is hostage to (...) alternative explanations. If there is a plausible competing explanation for these intuitions, then the (putative) fact that desert and virtue are intrinsic (rather than instrumental or derivative) goods seems a much less obvious choice for the best explanation. As it turns out, there are plausible evolutionary explanations for these intuitions about desert and virtue. These evolutionary explanations suggest that it is adaptive to value desert and virtue separately from their instrumentality for other goods. Consequently, these explanations debunk intuitions about the intrinsic value of desert and virtue. (shrink)

Roughly put, explanatory circles — if any exist — would be propositions such that (i) each explains the next, and (ii) the last explains the first. In this paper, I give two arguments for the view that there are explanatory circles. The first argument appeals to general relativistic worlds in which time is circular. The second argument appeals to special science theories that describe feedback loops. In addition, I show that three standard arguments against explanatory circles are unsuccessful.

ABSTRACTCurrent evolutionary models of revenge focus on its complex deterrent functions. Nevertheless, there are some retaliatory behaviors in nonhuman animals that do not appear to have a deterren...

I explore the relationship between a prominent analysis of intrinsic properties, due to Langton and Lewis, and the phenomenon of quantum entanglement. As I argue, the analysis faces a puzzle. The full analysis classifies certain properties of entangled particles as intrinsic. But when combined with an extremely plausible assumption about duplication, the main part of the analysis classifies those properties as non-intrinsic instead. I conclude that much of Lewis’s metaphysics is in trouble: Lewis based many of his metaphysical views—his thesis (...) of Humean supervenience, for instance, and his account of recombination—on an analysis of intrinsicality which does not sit well with quantum phenomena. (shrink)

Ectogenesis, or “artificial womb technology,” has been heralded by some, such as prominent feminist Shulamith Firestone, as a way to liberate women. In this chapter, we challenge this view by offering an alternative analysis of the technology as relying upon and perpetuating a problematic model of pregnancy which, rather than liberating women, serves to devalue them. We look to metaphysics as the abstract study of reality to elucidate how the entities in a pregnancy are related to one another. We consider (...) two models of the metaphysics of pregnancy: (1) the Parthood Model, whereby the fetus is a part of what/who gestates it; and (2) and the Fetal Container Model, whereby the gestator is a container for the fetus. We suggest that under the assumption of the Fetal Container Model, we are more likely to think that any container will suffice for gestation, even an artificial one. In contrast, under the assumption of the Parthood Model, we are less likely to treat the gestator as interchangeable or replaceable, given the parthood relationship between gestator and fetus. This chapter argues that ectogenesis is conceptually linked to the Fetal Container Model and advocates a more cautious approach in promoting ectogenesis as a tool for women’s liberation. (shrink)

This first critical edition of Isaac Abravanel’s correspondence opens a window into the cultural, political and commercial world of one of the first Jewish humanists of the quattrocento. Jewish leader of the expelled Sephardim after 1492, commentator of the Bible, Abravanel is a legendary figure of the Sephardic history. The edition of the letters along with the introductive essay that reconstructs their cultural background intends to connect the legendary figure of Abravanel to the major reason of his remarkable career: (...) his successful assimilation of Renaissance humanism. (shrink)

Evidential Decision Theory is flawed, but its flaws are not fully understood. David Lewis (1981) famously charged that EDT recommends an irrational policy of managing the news and “commends the ostrich as rational”. Lewis was right, but the case he appealed to—Newcomb’s Problem—does not demonstrate his conclusion. Indeed, decision theories other than EDT, such as Committal Decision Theory and Functional Decision Theory, agree with EDT's verdicts in Newcomb’s Problem, but their flaws, whatever they may be, do not stem from any (...) ostrich-like recommendations. We offer a new case which shows that EDT mismanages the news, thus vindicating Lewis’s original charge. We argue that this case reveals a flaw in the “Why ain’cha rich?” defense of EDT. We argue further that this case is an advance on extant putative counterexamples to EDT. (shrink)

Recent empirical work suggests that emotions are responsible for anti-consequentialist intuitions. For instance, anger places value on actions of revenge and retribution, value not derived from the consequences of these actions. As a result, it contributes to the development of retributive intuitions. I argue that if anger evolved to produce these retributive intuitions because of their biological consequences, then these intuitions are not a good indicator that punishment has value apart from its consequences. This severs the evidential connection between retributive (...) intuitions and the retributive value of punishment. This argument may generalize to other deontological intuitions and theories. (shrink)

In this paper I will analyze Lev (Leo) Tolstoy’s arguments for Christian Anarchism which is found in his book Царство Божие Внутри Вас (tr. The Kingdom of God is Within You). By analyzing his arguments, I will present why Tolstoy believes that Christianity inevitably leads to a belief and practice of pacifism and anarchism. In other words, Tolstoy is attempting to prove that capitalism and governments of any kind are incompatible with Christian ethics. Thus, what this paper attempts to achieve (...) is to analyze whether Tolstoy is correct in his claims: does capitalism, as an economic system, and governmental authority conflict with Christian morality. I am not interested in proving that capitalism and governments are, in general, morally bad, or wrong systems but rather or not they contradict Christian doctrine. Many commentators have mentioned that Tolstoy’s philosophical works and arguments are ‘naïve’ and or ‘lacking.’ However, in this paper, I will prove that this is not entirely the case. That in fact, Tolstoy’s philosophical arguments are highly focused and more complex than what people present them to be. He is also no lesser of a philosopher for having no formal or academic philosophical education. For we should not restrict the title of ‘philosopher’ for only those who belong in academia or the institutions. (shrink)

Leading prescriptions for addressing the spread of fake news, misinformation, and other forms of epistemically toxic content online target either the platform or platform users as a single site for intervention. Neither approach attends to the intense feedback between people, posts, and platforms. Leading prescriptions boil down to the suggestion that we make social media more like traditional media, whether by making platforms take active roles as gatekeepers, or by exhorting individuals to behave more like media professionals. Both approaches are (...) impracticable and wrong. (shrink)

The centered Everett interpretation solves a problem that various approaches to quantum theory face. In this paper, I continue developing the theory underlying that solution. In particular, I defend the centered Everett interpretation against a few objections, and I provide additional motivation for some of its key features.

I present and explain the Bohmian account of collapse in quantum mechanics.

Conceptual engineering is commonly characterized as the method for assessing and improving our representational devices. Little has been said, however, on how best to construe these representational devices—in other words, on what conceptual engineering should be all about. This paper tackles this problem with a basic strategy: First, by presenting a taxonomy of the different possible subject matters for conceptual engineering; then, by comparatively assessing them and selecting the most conducive one with a view to making conceptual engineering an actionable (...) method, that is, a method that can be applied effectively and consistently to specific case studies. The outcome is that conceptual engineering should be all about concepts on pain of pragmatic inconsistencies otherwise. (shrink)

David Chalmers thinks his iPhone exemplifies the extended mind thesis by meeting the criteria ‎that he and Andy Clark established in their well-known 1998 paper. Andy Clark agrees. We take ‎this proposal seriously, evaluating the case of the GPS-enabled smartphone as a potential mind ‎extender. We argue that the “trust and glue” criteria enumerated by Clark and Chalmers are ‎incompatible with both the epistemic responsibilities that accompany everyday activities and the ‎practices of trust that enable users to discharge them. Prospects (...) for revision of the original ‎criteria are dim. We therefore call for a rejection of the trust criterion and a reevaluation of the ‎extended mind thesis.‎. (shrink)

A traditional social scientific divide concerns the centrality of the interpretation of local understandings as opposed to attending to relatively general factors in understanding human individual and group differences. We consider one of the most common social scientific variables, race, and ask how to conceive of its causal power. We suggest that any plausible attempt to model the causal effects of such constructed social roles will involve close interplay between interpretationist and more general elements. Thus, we offer a case study (...) that one cannot offer a comprehensive model of the causal power of racial categories as social constructions without careful attention both to local meanings and more general mechanisms. (shrink)

Positing group level obligations has come under attack from concerns relating to agency as a necessary requirement for obligation bearing. Roughly stated, the worry is that since only agents can have moral obligations, and groups are not agents, groups cannot have moral obligations. The intuition behind this constraint is itself based on the ability requirement of 'ought implies can': in order for a group to have an obligation it must have the ability to perform an action, but only agents can (...) have abilities. This paper argues that from accounts of shared agency we can develop a concept of joint ability, undermining the problem of agency for group obligations. (shrink)

The use of military force abroad is a significant part of some states’ counter-terrorist efforts. Can these operations be ethically justified? This paper considers whether the underlying principles that philosophers have put forward to justify humanitarian interventions (which may underlie the international norm of the responsibility to protect (R2P)) can also give support for foreign counter-terrorist interventions of this sort. While it finds that the limits to international action that are imposed by the need to respect state sovereignty do not (...) rule out counter-terrorist interventions, it urges caution in supporting an international norm permitting them. Because such a norm would be open to manipulation and abuse, it may be preferable to discourage appealing to it in order to justify military counter-terrorism. (shrink)

If a proposition is typically true, given your evidence, then you should believe that proposition; or so I argue here. In particular, in this paper, I propose and defend a principle of rationality---call it the `Typical Principle'---which links rational belief to facts about what is typical. As I show, this principle avoids several problems that other, seemingly similar principles face. And as I show, in many cases, this principle implies the verdicts of the Principal Principle: so ultimately, the Typical Principle (...) may be the more fundamental of the two. (shrink)

In this chapter, we explore some ways in which reasoning based on mysticism can be rational, focusing on the episode “The Fortuneteller,” in which Aang, Katara, and Sokka save a village from a volcanic eruption. Throughout this episode, Sokka advocates a purely empirical approach to reasoning. The villagers, however, believe that no source of knowledge is more reliable than Aunt Wu, the local fortuneteller. At several points in the episode, Sokka claims that the villagers’ reliance on Aunt Wu is irrational. (...) The villagers claim otherwise: since Aunt Wu has never led them astray, it is rational to rely on her. As we will see, the villagers are right. Their approach to reasoning – based on Aunt Wu’s fortunetelling – is more rational than it initially seems to be. Roughly put, despite their belief in the mystical, the villagers behave in accord with a standard philosophical theory of rational decision-making, a theory of what makes some decisions rational and other decisions not. So Sokka is wrong to claim that the villagers’ reliance on Aunt Wu is irrational. The villagers behave quite rationally. (shrink)

I propose an account of possible worlds. According to the account, possible worlds are pluralities of sentences in an extremely large language. This account avoids a problem, relating to the total number of possible worlds, that other accounts face. And it has several additional benefits.

People with the kind of preferences that give rise to the St. Petersburg paradox are problematic---but not because there is anything wrong with infinite utilities. Rather, such people cannot assign the St. Petersburg gamble any value that any kind of outcome could possibly have. Their preferences also violate an infinitary generalization of Savage's Sure Thing Principle, which we call the *Countable Sure Thing Principle*, as well as an infinitary generalization of von Neumann and Morgenstern's Independence axiom, which we call *Countable (...) Independence*. In violating these principles, they display foibles like those of people who deviate from standard expected utility theory in more mundane cases: they choose dominated strategies, pay to avoid information, and reject expert advice. We precisely characterize the preference relations that satisfy Countable Independence in several equivalent ways: a structural constraint on preferences, a representation theorem, and the principle we began with, that every prospect has a value that some outcome could have. (shrink)

Traditional institutions are often considered inadequate to govern for the long term as their politicians promote short-term thinking which can harm the future. This book proposes a novel theory of social time perception to address the short-term thinking of traditional institutions which threaten to stifle liberal democracies. The semi-future reconfigures liberal democracies’ franchises, representative instruments, deliberative practices, accountability mechanisms, and policymaking to include in the demos all citizens, regardless of age, and holders of representable objective interests in the future. The (...) result is not only a way to legitimise long-term governance but also to improve the quality of current democracies. (shrink)

Since its proposal in 1984, Derek Parfit’s ‘Non-Identity Problem’ has significantly influenced how social choice theorists understand existential harms and benefits. The ‘problem’ raises the question of whether parents act wrongly when they choose to create a child with a life barely worth living. It suggests that if the alternatives would have either resulted in a life not worth living or non-existence, then the parents are not liable for moral criticism. This article challenges Parfit’s premise by advocating for a Minimal (...) Concern Clause that is generated through the parental relation. The Clause operates under the assumption that non-existence is not a valanced experiential state and is thus not comparable to any positive state of existence. The argument unfolds in two main steps: firstly, it disputes the premise in Same-Number Cases by proposing an alternative semantic distinction between objects of reference, particularly, the status of a merely possible person. Secondly, it contends that in Different-Number Cases, parents are obligated to exercise minimal prudence under conditions of uncertainty, and that the moral weight of the Minimal Concern Clause must be compounded to reflect the replicable nature of procreation. (shrink)

I argue that the evolutionary history of anger has substantive implications for normative ethics. In the process, I develop an evolutionary account of anger and its influence on action. First, I consider a prominent argument by Peter Singer and Joshua Greene. They conclude that evolutionary explanations of human cooperation debunk – or undercut the evidential value of – the moral intuitions supporting duty ethics (as opposed to utilitarian or consequentialist ethics). With this argument they aim to defend consequentialist theories. However, (...) their argument also threatens to debunk intuitions that support consequentialist theories. I give a novel argument that overcomes this difficulty. Specifically, I offer an evolutionary story about anger that can explain retributive, duty-oriented intuitions concerning punishment. This explanation debunks these intuitions (and not others) by showing that they were selected for their biological consequences rather than their accuracy (concerning duties to punish). I develop this explanation by raising and resolving three additional problems. First, prominent evolutionary explanations of retributive motives fail because they appeal to models that apply only to organisms with strategic insight. To mitigate this problem, I explain the existence of a retributive-like motive in rodents by appealing to an economic model of resource competition, which applies to organisms without strategic insight. Second, I show that human anger was shaped by resource competition of this kind. To do so, I develop evidential criteria to determine when psychological systems in different species share common evolutionary origins. I deploy these criteria to argue that human anger and the retributive motive in rodents derive from the same ancestral trait. Finally, the continuity of anger across human and nonhuman animals stands in tension with the idea that anger causes purposive behavior like retribution or retaliation. I argue that differences between the angry behaviors of human and nonhuman animals are differences in degree and not in kind. In the end, this evolutionary story both explains and undermines retributive intuitions, but not in the straightforward way that Singer and Greene suppose. (shrink)

Schopenhauer repeatedly claims that all pleasure is negative, and this view seems to play key roles throughout his work. Nonetheless, many scholars have argued that Schopenhauer actually acknowledges certain positive pleasures. Two major arguments have been offered for this reading, one focused on the link between Schopenhauer's view of pleasure and Plato's, and one focused on Schopenhauer's distinction between two components of aesthetic pleasure. I argue that neither way of motivating the positive pleasure reading succeeds. Both overlook a key aspect (...) of Schopenhauer's account: namely, his suggestion that there are two distinct kinds of negative pleasure, pleasures of satisfaction and pleasures of distraction. When Schopenhauer claims that all pleasure is negative, he means it. (shrink)

Octavio Paz conceives of authentic philosophical reflection as ‘thinking a la intemperie’. This conception involves his idea that our contemporary historical and philosophical situation is one of intemperie espiritual. Based on the dual sense of the term intemperie for Paz, I propose that ‘thinking a la intemperie’ means: (i) Exposing our beliefs to the weathering effects of our vital, concrete experience; and (ii) apprehending reality in communion with others through poetic experience of the ever-flowing present. That is, authentic philosophical reflection (...) means making our home thinking and living without rigid, stifling ideological systems, in communion with our neighbors and with our places, here and now, in the unity of present place and present time that we create together. This mode of reflection belongs within a broad American tradition of philosophizing and, for Paz, responds to concerns compatible with those of the pragmatists. (shrink)

This book brings together papers from a conference that took place in the city of L'Aquila, 4–6 April 2019, to commemorate the 10th anniversary of the earthquake that struck on 6 April 2009. Philosophers and scientists from diverse fields of research debated the problem that, on 6 April 1922, divided Einstein and Bergson: the nature of time. For Einstein, scientific time is the only time that matters and the only time we can rely on. Bergson, however, believes that scientific time (...) is derived by abstraction, even in the sense of extraction, from a more fundamental time. The plurality of times envisaged by the theory of Relativity does not, for him, contradict the philosophical intuition of the existence of a single time. But how do things stand today? What can we say about the relationship between the quantitative and qualitative dimensions of time in the light of contemporary science? What do quantum mechanics, biology and neuroscience teach us about the nature of time? The essays collected here take up the question that pitted Einstein against Bergson, science against philosophy, in an attempt to reverse the outcome of their monologue in two voices, with a multilogue in several voices. (shrink)